segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Teo...o quê?

Dia desses resolvi escrever alguma coisa relacionada à dificuldade que temos de compreensão de diversas palavras, às vezes, até mesmo pela semelhança entre elas. Algumas são proferidas por certos “pregadores e ensinadores” mais bem instruídos do que nós e a maioria dos membros das igrejas - que ficam, coitados, sem entender o significado de vocábulos tão complexos – e que por falta de vontade, ou por simplicidade, não buscam saber o que quer dizer as tais. Então, procurei nas minhas anotações da faculdade, fiz uma busca na minha memória, vasculhei os dicionários e resolvi detalhar, com uma pitada de bom humor, as principais pérolas, todas iniciadas com a letra “t”.
Teologia: tratado de Deus, doutrina que trata das coisas divinas, doutrina da religião cristã, ciência que tem por objeto o dogma e a moral. Provém do latim theo+logia. Palavra muito em voga hoje em dia, é atribuída aos entendidos teólogos, que usam dos conhecimentos da teologia para difundir seus ensinamentos e pensamentos doutrinários acerca de Deus. Hoje é muito fácil aprender a matéria e se tornar um ‘teólogo’. Quem se habilita?
Teopsia: é a suposta aparição súbita de uma divindade. Do grego theos+opsis. Não é o mesmo que a Teofania! Veja, suposta aparição...suposição denota uma hipótese, alegação, dá margem para dúvidas.
Teomancia: suposta adivinhação por inspiração divina. Do grego theomanteia. De novo, a suposição. Tá cheio de gente que abusa dessa prática, confundindo profecia com adivinhação. Olhos abertos. Cuidado!
Teomania: loucura ou mania em que o paciente se julga Deus ou inspirado por Deus. Do grego theomania. Você conhece alguém que tem essa mania? Diferente da megalomania, que é a mania de grandeza, o teomaníaco pensa que é Deus. E olha que tem surgido uns que acham que é Deus. Vê se pode! Eu, hein...
Teodicéia: parte da filosofia, que trata de Deus, de sua existência e de seus atributos. Provém do grego theos+dike. Muitas pessoas pensam que a filosofia descarta a existência de Deus. Na verdade, estuda e busca - não as aparências, mas o sentido, a essência, o princípio das coisas, mergulha fundo no ser humano e na razão de ser das coisas. A filosofia tem vários campos de estudo: a lógica, a ética, a estética, a política e a metafísica (mas isso tudo é assunto pra uma outra oportunidade)! Derivada do grego e latim philosophia, significa ‘amor, amizade, apego à sabedoria; amigo do saber, do conhecimento’ – philo (amizade, amor, apego) + Sophia (sabedoria, conhecimento). Portanto, um filósofo é um amigo de Sofia, amigo da sabedoria! O rei Salomão era amante da sabedoria, um filósofo de mão cheia. Para ele, Deus é a própria sabedoria e quem a encontra descobre o verdadeiro sentido da vida. O livro de Provérbios, de sua autoria, é cheio de filosofia e um verdadeiro chamado ao saber e atribui ao conhecimento valores inestimáveis. Se você se chama Sofia faça jus ao nome!
Teocracia: governo em que o poder é exercido pela classe sacerdotal. Do grego theokratiu. Era assim com o império romano, que conquistou e oprimiu quase todo o mundo na época dos Césares, tudo em nome de Deus. Com a igreja romana os governos eram constituídos sob a égide e controle dos Papas. Uma espécie de teocracia atual é o governo do Irã, formado por religiosos extremistas - os Aiatolás, que apóiam os homens-bomba em nome de Alá.
Teogonia: conjunto de divindades cujo culto constitui o sistema religioso de um povo politeísta; genealogia dos deuses. Do grego theogonia. Dois exemplos de paises politeístas, que cultuam milhares de deuses: Japão e Índia. Na Índia, até rato é adorado como se fora um deus. E olha que dizem que a população mundial de ratos é maior que a humana. Já pensou se essa ratazanada fosse adorada indiscriminadamente? Sobrariam deuses e faltariam adoradores.
Teosofia: doutrina de várias seitas que pretendem achar-se iluminadas pela divindade e intimamente ligadas com ela. Ciência de Deus, iluminismo. Do grego theo+sofia. É o caso de seitas orientais - aquelas denominadas ‘zen’, e do ecumenismo moderno.
Teofania: aparição ou revelação da divindade. Palavra de origem grega: theophania. Antigamente, os judeus criam na teofania, na aparição eventual de Deus. Essa aparição ocorreu no mar da Galiléia, quando Cristo apareceu aos discípulos caminhando por sobre as águas. Foi um espanto, Deus estava passando por eles!Também aconteceu no monte Horebe, quando Moisés viu o fogo ardente que não consumia a sarça. E ainda, com Elias, que sentiu a aparição de Deus na brisa suave. Ou com Saulo de Tarso, a caminho de Damasco, quando Deus lhe apareceu por meio de uma luz muito forte que o deixou cego. Atualmente, até onde eu saiba, a teofania não acontece mais como antigamente. Porque será, já que a Bíblia fala que Deus é o mesmo ontem e hoje e ele não muda? Resposta óbvia: nós é que deixamos de acreditar que Ele quer passar por nós.
Espero que você tenha gostado. Grande abraço!

A soberania de Deus: eleição de Jacó e a rejeição de Esaú

Quando o apóstolo Paulo cita a eleição de Jacó, em Romanos 9.11-16, em conformidade com Gênesis 25.23 e Malaquias 3.1-4, tal eleição (ou escolha, como queiram) da parte de Deus para com Jacó tem a ver com bênçãos para a sua vida, não só terrena (materiais), mas bênçãos espirituais: salvação eterna, o Espírito Santo, a promessa de Cristo e o Reino Eterno. Jacó fez parte do povo de Deus, dando seqüência ao plano divino de fazer crescer a nação de Israel (cf. Gn 27.27-29). Tal eleição de Jacó refletiu-se no advento do Messias, pois Cristo veio da linhagem de Jacó - da tribo de Judá, filho de Jacó (cf. Gn 49.8-12).
Há, porém, um fato inusitado: Esaú também quis ser abençoado por seu pai, Isaque, que negou-lhe qualquer mérito ou direito a bênção da primogenitura que fora destinada ao seu irmão (cf. Gn 27.36-41). Por ser rejeitado, Esaú viveria uma vida de lutas e dificuldades, vivendo em lugares inférteis (Gn 27.39).
A eleição de Jacó e a rejeição de Esaú criaram problemas de empatia entre as duas nações co-irmãs por gerações. Os edomitas viviam em constante conflito com Israel, descendentes de Jacó. Rejeitaram o pedido de Moisés para que Israel passasse por sua terra (cf. Nm 20. 14-20), opuseram-se ao rei Saul (cf. I Sm 14. 47), combateram contra Davi (cf. I Rs 11.14-17), foram contra Salomão (cf. I Rs 11.14-25) e contra Josafá (cf. 2 Cr 20. 22), e também se rebelaram contra Jeorão (cf. 2 Cr 21.8).Mais tarde, Edom, a terra dos edomitas, os descendentes diretos de Esaú, foi invadida por Nabucodonosor em 586 a. C e depois pelos nebateus (cf. Jr 25.9, 21 e Ml 1.1-4).A linhagem de Esaú, dos edomitas e seus descendentes foi destruída completamente (cf. Ob 10-21).
Hoje, portanto, não resta um sobrevivente sequer dos outrora poderosos edomitas (cf. Is 34.5-17).Para confirmar o extermínio da linhagem de Esaú, basta ler Obadias 18: "A casa de Jacó será fogo, e a casa de José chama; a casa de Esaú palha, e aqueles se acenderão contra eles, e os consumirão. Não haverá sobreviventes da casa de Esaú. O Senhor o disse".

Pratique o que você prega

Vivemos atualmente uma crise de identidade. Crise que se espalhou pelos meandros do poder público e se instalou na sociedade. É a ausência de caráter e de bom testemunho que se nota em muitas pessoas, principalmente líderes políticos e até religiosos, conceituados, os quais já não estão imunes ao respingar de lama que é lançada quase que todos os dias, através de denúncias e mais denúncias. Diante de tanta deterioração moral, aumenta a nossa responsabilidade, como pessoas tementes a Deus, de ter uma conduta irrepreensível no trato das coisas comuns e espirituais. Muitos, infelizmente, pregam o que não vivem e não vivem o que pregam.Lembro-me de uma canção gravada por Barry White, intitulada “Practice what you preach”, que em português quer dizer “Pratique o que você prega”. Muito sugestiva a letra. Até parece que ele estava desabafando quando compôs essa música, ou quem sabe vivendo uma situação em que alguém se mostrava ser uma pessoa boazinha, mas na verdade era uma fingida, levando uma vida dúbia.E conosco, como tem sido a nossa conduta? Vivemos com duas facetas, uma boa e outra má, como se fôssemos o “Duas-caras”, o vilão mortal do Batman?
O apóstolo Paulo já convivia em sua época com pessoas que praticavam a dubiedade ou duplicidade de vida – gosto mais do termo “desvio de conduta ou caráter”. Pedro pregava a circuncisão e proibia os judeus que se convertiam de assentar e comer com os gentios, mas ele mesmo se reunia com eles e banqueteava, acompanhado de outros judeus dissimulados! (Gl 2.11-13). Tal fato, presenciado por Paulo, causou-lhe indignação, a ponto de repreendê-lo na frente de todos, dizendo: “Mas, quando vi que não andavam corretamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro, na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gl 2.14). Pedro pregava uma coisa e praticava outra, dissimuladamente! Que péssimo exemplo, sendo ele um líder renomado da igreja local.

Mais adiante, na carta ao seu conservo Tito, Paulo admoesta os crentes de Creta que vivam uma vida exemplar, de testemunho pleno, pois ele ouvia falar que “...os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos” (Tt 1.12b) ao que Paulo afirma: “Este testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé” (Tt 1.13). Observaram a gravidade dos fatos? Os membros daquela igreja simplesmente não davam exemplo de vida cristã – só na congregação, pois fora dela eram de conduta repreensível.Importante nos é praticar o que pregamos (se é que pregamos o verdadeiro evangelho), e pregar aquilo que praticamos e vivemos (se realmente vivemos uma vida exemplar).Portanto, lembre-se: pratique o que você prega!Que o Senhor nos ajude a viver uma vida de santidade e comunhão com Ele, para que possamos ser o sal da Terra e luz que alumia na escuridão.

Menina de ouro

Por Tancredo Junior
O filme Menina de Ouro (Million Dollar Baby, EUA, 2004) conta a história de Maggie Fitzgerard, uma jovem que sonhava em se tornar uma grande lutadora de boxe e conquistar o título mundial da categoria. Interpretada pela atriz Hilary Swank, Maggie vai a busca de seus objetivos. Apesar de ser considerada "velha" pra ser lutadora de boxe, treina incansavelmente na academia de um veterano treinador, Frankie Dunn (Clint Eastwood), que reluta em aceitar treina-la, o que acaba fazendo, incentivado por seu amigo e assistente, Eddie (Morgan Freeman). Surgem as primeiras lutas, e Maggie vence uma após a outra, sempre no primeiro round! Imbatível. Viaja pelo mundo, conquista vários títulos, ganha dinheiro, consegue comprar uma casa para sua mãe. O sucesso é esplendoroso! Chega o dia da tão sonhada luta pelo título mundial. E é nessa luta que a vida de Maggie vai mudar de repente. Ao dar as costas à sua adversária, quando ganhava a luta, ela recebe um golpe certeiro, que a leva à lona. Ao cair, acidentalmente bate com o pescoço no banquinho que é colocado para descanso dos boxeadores nos intervalos da luta. Na queda, fratura o pescoço, lesando a coluna cervical completamente. A partir daí, Maggie perde todos os movimentos do corpo, passando dias infindáveis em um leito de hospital em estado vegetativo. Lastimável. Seu sofrimento é insuportável. Sua família a abandonou. Apenas o treinador e o assistente visitavam-na no hospital. Diante dessa situação, ela decide acabar com a própria vida, mordendo a língua várias vezes, para se sufocar com o próprio sangue. Decidida a acabar com seu sofrimento, ela pede ao amigo e treinador que desligue os aparelhos que lhe fornecem oxigênio e que a mantém viva. Hesitante, ele não concorda. Criara um sentimento de carinho por ela, dando-lhe o sugestivo codinome de “Mocushle” (minha querida).Até quando não agüenta mais vê-la sofrer. Injeta uma droga que provocaria a sua parada respiratória. É o fim. Maggie morre. Sozinha, abandonada pela família, e sem realizar o sonho de ser campeã mundial.

A promissora boxeadora conquistou a fama, o sucesso, a glória, dinheiro, fãs. Gostava de ouvir a multidão gritar seu nome euforicamente. Era tudo o que ela queria. Viveu a vida intensamente, como se o amanhã não importasse. Mas se esqueceu que há uma vida gloriosa e muito mais gratificante a ser conquistada. A vida eterna. A vida com Cristo, no paraíso, onde as ruas são de ouro, os muros são de jaspe e os rios de cristal. A menina de ouro perdeu o brilho da sua vida. Para sempre. A eternidade com Cristo está destinada para todos os que o amam e preservam em seus corações os Seus ensinamentos, as Suas palavras, e que preferem abdicar dos muitos prazeres deste mundo. Mas para quem rejeita a Cristo, valorizando mais as coisas terrenas, infelizmente terá como destino uma eternidade de sofrimento.E você, pode se ver na história dessa jovem lutadora, apenas preocupado em realizar seus sonhos?Como está sua vida com Deus, sua comunhão com Ele? Se fatalmente algo suceder a sua vida, estaria você preparado para se encontrar com o Pai? Até que ponto a busca desenfreada pelo sucesso profissional e realização pessoal pode nos afastar de Deus? Será que vale mesmo a pena corrermos atrás dos nossos sonhos sem pensarmos na vida após a morte, esquecendo-nos que temos uma vida espiritual que prestará contas das ações tomadas aqui? A Bíblia questiona sobre a validade do homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. O próprio Cristo nos advertiu que devemos buscar em primeiro lugar as coisas que são de Deus, pois as demais nos serão acrescentadas. A nossa vida é perene, passageira. É como um vento que passa e pouco depois já não existe mais. Somos um sopro de vida, e esse fôlego pode se esvair de repente. Provérbios 16.2 diz: "Todos os caminhos do homem são inocentes aos seus olhos, mas o Senhor pesa os motivos." Pense nisso.

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